3.12.11

Thaila Ayala




Thaila Ayala sobre casaco de pele: "Não vamos vestir a morte"

A atriz falou sobre sua ligação com os animais e com o meio ambiente e contou ainda que sempre teve vontade de adotar uma criança.

Aos 25 anos, mais de 17 cachorros já passaram pela vida de Thaila Ayala. E o amor pelos animais não é recente. Nascida em Presidente Prudente, interior de São Paulo, a atriz foi criada em meio aos animais e aprendeu com sua família a importância de recolhê-los das ruas. “Meu pai trabalhava em um barracão e levava os bichinhos que encontrava pela rua para casa. Tive isso como exemplo”, contou ao iG.

A atriz usa sua notoriedade para fazer a diferença em prol dos animais sempre que pode e é uma das modelos escolhidas para estampar o calendário 2012 da AMPARA Animal, que em parceria com a TV Bicho, vai trazer 12 mulheres famosas posando com diferentes espécies de animais.

Thaila, você sempre gostou de animais? Quantos animais já teve?
Thaila Ayala: Difícil de contar quantos animais eu já tive. Já criei de barata cascuda a calango, gato e outros animais que nem dá para imaginar. De cachorro que dá para contar até agora, são 17 no total.

E atualmente, quantos animais estão em sua vida?
Thaila Ayala: Vou viajar em lua de mel com o Paulo (Vilhena) e quando voltar vamos adotar outro. No momento só tenho um cachorro, um Bulldog Francês, o Zacharias. Nós ganhamos esse cachorro, ele já veio com esse nome. Mas ele tem cara de Zacharias mesmo (risos).

O que você pensa sobre adoção de animais?
Thaila Ayala: Acho fundamental adotar, mas quero ter mais espaço. A minha vontade mesmo é a de ter um lugar para pegar todos os cachorros da rua e levar para casa. Todos os meus 17 foram assim. Meu pai trabalhava em um barracão e levava os bichinhos que encontrava pela rua para casa. Tive isso como exemplo.

Por que você acha tão importante a adoção?
Thaila Ayala: Quando me perguntam se quero ser mãe, eu falo que quero. Mas mais do que isso, eu quero adotar. Porque eu acho que o amor dobra. E tem tanta criança por aí querendo colo, carinho. Penso assim com os cachorros também. É uma gratidão, uma troca tão infinita, tão bonita. É algo que você dá e não precisa pedir de volta. É lindo. Adote, você não vai se arrepender. Tem muito cachorro pedindo amor, pedindo carinho sem querer nada em troca. Adote, castre, cuide bem do seu bichinho. Tem tanto cachorro por aí.

Você sempre teve essa consciênica sustentável ou a adquiriu após se tornar vegetariana?
Thaila Ayala: Confesso que minha consciência animal veio um pouco depois. Aliás, tanto animal, quanto ambiental. Viajei para diversos países, então fui para culturas que comem cachorro, para outras que comem insetos. Acho que aqui temos um racismo, porque uma pessoa come porco e ama cachorro. Os dois são exatamente iguais. Se você parar para pensar, o porco é mais inteligente do que o cachorro, então chega a ser um preconceito com os bichos. Se você deixar o radicalismo de lado, entende que é apenas uma questão cultural.

Há três anos o vegetarianismo entrou em sua vida. Você é vegan? Foi fácil o processo de parar de comer carne?
Thaila Ayala: Não sou vegana, acredito que isso é uma evolução e só na próxima encarnação vou chegar a esse nível. É punk pra mim, porque não como queijo, tenho intolerância à lactose. Então não como pizza, derivados do leite, quase nada. Ovo eu não como porque é um pintinho lá dentro. Se você abrir mão de um pouquinho que seja das coisas que está acostumado, faz bem para o meio ambiente e para o seu corpo. É um processo. Antes de morrer viro vegana. Sempre comi muita carne, amava comer até bife cru. Parei pelos animais. É um ato de amor diário, porque eu adoro carne. As pessoas não pensam no planeta, porque comer carne não é só o bichinho que vai morrer. A Amazônia está destruída por causa da soja plantada para alimentar o gado. Está tudo errado.


Leia a entrevista na íntegra: